A coragem de Ahmed não brotou de um credo contra outro, nem de uma bandeira contra outra, mas do que Hannah Arendt chamaria de juízo, aquele instante em que o humano decide responder ao mundo sem terceirizar a responsabilidade. Que a ética não é patrimônio de Estado nem monopólio de identidade, especialmente porque a dignidade não admite exceções, sobretudo que qualquer política que normalize o massacre, notadamente quando se veste de inevitabilidade histórica, fracassa no exame mais elementar do humano. *Wellington Lima Amorim é psicanalista e professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com pós-doutorado em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em desenvolvimento regional pela Universidade do Contestado (UNC), doutorado interdisciplinar em ciências humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestrado em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Author: Redação
Published at: 2025-12-15 19:42:02
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