Ler isto deve decepcionar e muito os amigos do governo e da esquerda brasileira que comemoraram três decisões recentes do governo, a saber, a de retirar o embaixador brasileiro da Nicarágua, a de não reconhecer o resultado das eleições da Venezuela e a de não aceitar a entrada da Venezuela nos BRICS. Ao tomar parte nas celebrações do “Dia da Vitória” em Moscou – data em que a Rússia festeja a vitória na 2ª Guerra contra o nazismo alemão e que o autocrata Vladimir Putin usa para fazer propaganda de seu regime tirano –, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvas e/ou não um triunfo diplomático ou um gesto de realismo pragmático, mas um vexame moral e um fiasco geopolítico para o Brasil. Em vez de se mover com pragmatismo e independência num mundo multipolar, Lula opta por um multilateralismo de fachada, que relativiza regras, desrespeita tratados e consagra a lei do mais forte – justamente a lógica que mais prejudica um país como o Brasil, que não dispõe do poder das armas ou do dinheiro, só da diplomacia, da persuasão e da adesão às normas internacionais para proteger seus interesses.
Author: Redação
Published at: 2025-05-13 15:12:59
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