O sucesso estratégico da Ucrânia com a chamada “Operação Teia de Aranha” e o disparo de novos ataques contra a Rússia abriram um debate nacional sobre qual deve ser a reação de Moscou para restabelecer sua imagem de soberania militar. Se em um cenário anterior ao conflito o uso do arsenal só era permitido em caso de um ataque de outra potência nuclear ou em uma situação de ameaça existencial do país, uma revisão aprovada em 2024 incluiu no rol de hipóteses ataques por Estados não-nucleares, se apoiados por países com arsenais atômicos — a Rússia considera que EUA e UE contribuem diretamente com a guerra ao enviar armas à Ucrânia. Em resposta até certo ponto discreta, Moscou prometeu uma investigação sobre o ataque ucraniano, participou normalmente de um encontro diplomático na Turquia no dia seguinte ao ataque e apenas reivindicou alguns avanços na frente de guerra na região de Sumy, em uma dinâmica que já era regra antes do bombardeio massivo.
Author: Agência O Globo
Published at: 2025-06-04 16:44:39
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