Uma juventude enganada pelo Estado

Uma juventude enganada pelo Estado


A taxa de desemprego dos jovens ativos atinge quase 20%, enquanto um terço dos jovens com menos de 30 anos estão empregados; um décimo dos jovens não tem emprego, não está em formação, nem está a estudar. Estágios, empregos subsidiados, voluntariado, dispositivos de «segundas oportunidades», serviço nacional universal (SNU, que em breve será abandonado), «garantias para jovens» e outros «contratos de compromisso», serviço cívico, serviço militar adaptado (SMA) para os cidadãos dos territórios ultramarinos, «caravanas do sucesso», aprendizagens… Não faltam dispositivos para compensar o prolongamento do chamado período de inserção profissional. Nessa altura as autoridades públicas e o movimento associativo preocupam-se principalmente com a educação popular, mas a orientação muda rapidamente, à medida que se torna mais sombria a visão sobre essa classe de idades — as suas «meninas más», os seus «blusões pretos»… Os jovens deixam de ser o «futuro idealizado da sociedade», constata o sociólogo Olivier Galland, passando a ser, sobretudo, um «fermento potencial de desagregação social».

Author: Florence Ihaddadene


Published at: 2025-10-06 14:07:40

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