Trump ativa modo de pânico nos mercados globais após ‘tarifaço’

Com o início bem mais agressivo que o esperado de uma guerra comercial mais ampla, a reação dos mercados se deu em duas etapas: na quinta-feira, continuidade do fluxo de saída dos ativos financeiros dos EUA ; e, na sexta-feira, após a retaliação chinesa, modo de aversão a risco total, que não poupou nem ativos vistos como mais seguros , como o ouro. Por outro lado, o Fed não pode cortar as taxas apenas devido a ameaças tarifárias; ele deve olhar além dos aumentos de preços induzidos pelas tarifas para avaliar o potencial de inflação mais alta”, afirma o economista-chefe para EUA do Société Générale, Stephen Gallagher, ao projetar um corte nos juros em junho outro no segundo semestre, embora ressalte que a ameaça de uma recessão pode acelerar o processo de flexibilização monetária. Em todo esse cenário, a maior volatilidade foi vista no mercado de câmbio, onde o dólar perdeu força globalmente na quinta-feira para, depois, disparar na sexta-feira em meio aos temores de recessão global, o que fortificou a teoria do “Dollar Smile” (sorriso do dólar, em que a moeda americana tende a se fortalecer em cenários de "excepcionalismo americano" e de recessão global).