Presente nas listas de terroristas procurados do Ocidente com o codinome Abu Mohammad al-Jolani, adquirido nos tempos de adesão aos extremistas da Al Qaeda e do Estado Islâmico, al-Sharaa instalou um primeiro-ministro provisório na Síria, mas é a cabeça do novo governo — tanto que desde então vem mantendo contatos com os países que pediam sua prisão, entre eles os Estados Unidos. A reação inicial à mudança foi de esperança de dias melhores dentro da Síria supostamente liberada, com moradores derrubando estátuas e rasgando retratos dos ditadores e refugiados tomando o caminho de volta para casa — entre 2014 e 2020, cerca de 6 milhões cruzaram as fronteiras, boa parte deles vivendo até hoje em barracas. No entanto, a confiança no discurso de al-Sharaa, que nunca foi grande, despencou quando as forças de segurança do novo governo promoveram, em março, um massacre em cidades de população alauita, a seita minoritária que a família al-Assad instalou na cúpula política e militar e que dominou a Síria com mão de ferro por mais de meio século.
Author: Amanda Péchy
Published at: 2025-05-13 17:07:23
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