A letra vai para um escaninho; a fita guarda o que não será ouvido; o ofício aprende a dizer música em língua de inventário. A cidade vira sala de aula, o piano aprende o peso do próprio silêncio, e um menino entende que ternura precisa de ferro para atravessar a noite. Para muitos, ele é o cantor de amor que atravessa o ônibus no fim da tarde; para a administração da cultura, um corpo que inquieta fichas, poeta de arestas, presença incompatível com a planilha da ordem.
Author: Revista Bula
Published at: 2025-10-08 22:21:32
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