Foi no seio da segunda guerra civil – que durou 23 anos (de 1982 a 2005), matou cerca de 2 milhões de pessoas e cuja documentação aponta para graves episódios de «fome e atrocidades», como é referido pelo Council on Foreign Relations (CFR) – e na sequência de um golpe de Estado em 1989, que surgiu um dos nomes mais marcantes do Sudão pós-colonial: Omar al-Bashir. «O acordo poderá marcar uma nova fase para o Sudão», chegou a escrever a agência de notícias, mesmo reconhecendo que o pacto encontrou, desde logo, «a resistência de grupos de protesto» que se opunham «às negociações com os militares e de fações islamistas leais ao regime do líder deposto Omar al-Bashir». Desde então, o Sudão mergulhou num conflito civil mais uma vez com consequências catastróficas, de acordo com a ONG Human Rights Watch (HRW): «O conflito provocou uma das maiores catástrofes humanitárias do mundo, com a fome confirmada no maior campo de deslocados do Darfur, em agosto [de 2024], e a ameaça de fome noutras regiões.
Author: Gonçalo Nabeiro
Published at: 2025-06-04 18:59:49
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