Foi, mais do que melancólico, patético o ambiente que dominou a Cúpula dos Países Amazônicos, uma das muitas inutilidades destinadas a criar ruído, não reais movimentos para lidar com os múltiplos problemas que se espalham como afluentes tóxicos pela floresta tropical, sendo o mais urgente deles a forma como organizações criminosas hoje dominam as vias de escoamento do tráfico de cocaína e tornam rasos como igarapés na seca os discursos sobre soberania. Em vez de ver o problema bem diante de seus narizes, incluindo a volta do terrorismo na Colômbia, os participantes ficaram dando indiretas, típicas dos pequenos acovardados, contra Trump e a mobilização de navios de guerra para a região. Se uma questão como a hospedagem de delegações para uma conferência mundial vira crise, imaginem a administração do mais sério problema de relações internacionais que o Brasil enfrenta desde o fechamento dos mares, pela Marinha inglesa, para coibir o tráfico de escravos, em meados do século XIX.
Author: Vilma Gryzinski
Published at: 2025-08-30 11:00:18
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