“Entre a partidarite e o interesse nacional optei pelo interesse nacional”, declarou Seguro, que lembrou ter lutado pelo país e pela não inscrição de um limite de défice e dívida na Constituição (“deve-me a mim”) e ainda ligou Catarina Martins ao Syriza na Grécia, que o Bloco e Catarina tanto elogiaram para depois assumirem desilusão pelo partido que acabou a cumprir um plano de austeridade. Foram cerca de 14 minutos a falar do tempo da troika por iniciativa de Catarina Martins, sendo que António José Seguro deixou-se enredar na teia da adversária e foi duramente atacado com ideias que fazem ressonância no eleitorado da extrema-esquerda (cada vez mais reduzido, é certo), como a alegada colaboração de Seguro com o Diabo (para a extrema-esquerda e para uma boa parte do PS) chamado Pedro Passos Coelho — o homem que, na visão de Martins, não respeitou a Constituição, permitiu que os ‘estrangeiros’ mandassem no nosso país e, veja-se, deixou crianças nas escolas públicas a morrerem à fome na hora do pequeno-almoço. Seguro não conseguiu respondeu bem a esta ideia e só reagiu quando Martins também se tentou colar a Mário Soares — o líder histórico do PS que se aproximou da extrema-esquerda no final da sua vida, depois de ter ganho a luta pela liberdade em 74/75 contra o PCP e os grupúsculos que vieram a dar origem ao BE.
Author: Observador
Published at: 2025-12-06 22:51:47
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