Seguro apresenta candidatura "apartidária" e com críticas a Marcelo e a Gouveia e Melo

Seguro apresenta candidatura "apartidária" e com críticas a Marcelo e a Gouveia e Melo


Sabendo que uma parte do PS (encabeçada pela ala costista) não morre de amores pela sua candidatura, e numa altura em que não é sequer provável que o PS venha a anunciar o apoio formal ao ex-líder, António José Seguro deixou recados internos, sugerindo que saiu de cena quando era oposição interna e não foi incómodo para as lideranças do partido com as quais não se identificava - desde logo a liderança de António Costa, que derrotou Seguro em primárias e ditou, com isso, o seu afastamento, mas também de José Sócrates antes dele. Ciente de que nas eleições presidenciais de 2026 vai estar em jogo também a política tradicional contra a política apartidária, e ciente do cansaço acumulado e do descrédito nas instituições, sobretudo depois dos casos que ditaram o fim da maioria absoluta do PS e que empurraram o país para eleições novamente este ano, Seguro disse querer contar com todos, incluindo com quem "se cansou de votar", e disse estar apostado em devolver a ética à política ("defendo um país onde a política não se encontra separada da ética, nem a ética separada da política") e a confiança às instituições ("o que nos falta hoje é estabilidade, mas também confiança de que quem está no poder serve e não se serve"). Falando sobre os poderes do Presidente e o papel que este deve ter, Seguro quis demarcar-se do atual Presidente da República, afirmando que entende que "o chumbo do Orçamento do Estado não implica necessariamente a dissolução do Parlamento", uma vez que o "país não pode andar de eleições em eleições" de ano a ano, porque um governo a prazo é também um país a prazo.

Author: Rita Dinis


Published at: 2025-06-15 15:55:22

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