Enquanto gestora de circularidade na Humana People to People – uma federação de ONGs que promove programas de desenvolvimento no Sul global, levando a cabo negócios sociais de recolha e revenda de roupa usada – considero precioso este estudo e as evidências que reúne sobre um setor largamente desconhecido, acompanhadas de lições sobre sustentabilidade e pragmatismo. O estudo realizado pelas consultoras Abalon e Consulting for Africa não encontrou evidências dessas práticas em Moçambique, juntando-se a um corpo de investigação recente que, não negando situações pontuais de extrema gravidade, atesta que o comércio de vestuário em segunda mão em África é, em geral, funcional e limpo. Nos países do Sul global, as práticas de recuperação e aproveitamento fazem empalidecer a nossa mais eficiente reciclagem, resultando em quantidades efetivas de resíduos muitíssimo inferiores às nossas; no entanto, à falta de infraestruturas de gestão, o lixo – têxtil e não só – é altamente visível.
Author: Andreia Barbosa
Published at: 2025-04-26 23:09:36
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