Desinteressada do aumento da renda nacional, do consumo e da produção, a direita, ouriçada, cobra mais cortes de gastos do governo — fingindo ignorar que, sem novos e maiores investimentos, inclusive na proteção social (que lhe provoca urticária), será impensável a recuperação da economia, de que depende a geração de emprego e renda, de que depende, por sua vez, a dignidade de nosso povo humilhado pela pobreza. Sob o falso pretexto de conter uma inflação em desaceleração (5,0% em 2025, contra 5,79% em 2022), e em nome de um ajuste fiscal imposto como preceito religioso, o BC eleva a taxa básica de juros (hoje em abusivos 15%), com o que aumenta ainda mais a dívida pública e seu custeio, retém os investimentos e o consumo (em maio passado, a produção industrial brasileira teve queda de cerca de 1,6% em relação a abril) e engorda os lucros desde sempre exorbitantes do rentismo — parasitário por definição. No movimento de revogação, inconstitucional, do decreto presidencial que alterava as alíquotas do IOF — acusado de aumentar a arrecadação quando o “dever de casa” do governo seria reduzir “gastos” —, o Congresso volta a aumentar os próprios gastos (onerando o déficit) ao criar 18 novas e injustificadas cadeiras de deputados federais, a um custo ainda difícil de estimar, pois aos novos deputados federais se somará uma caterva de novos deputados estaduais (e seus respectivos gabinetes etc.)
Author: Redação
Published at: 2025-07-08 15:14:05
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