Reparações. Vem aí uma operação de charme

Reparações. Vem aí uma operação de charme


Trata-se de um historiador e activista, natural de Barbados, que tem umas teses completamente tendenciosas sobre a escravatura e a sua abolição, e que foi um dos historiadores que, em 2010, critiquei duramente — e que também me criticou a mim — neste livro. O problema desta descrição dos factos, que não contesto e que fundamenta toda a subsequente exigência de reparações dos activistas que vêm bater à porta da Europa, é que não foram os europeus que raptaram os africanos e que primeiramente os venderam como escravos. Enquanto se aguarda por uma eventual resposta a esta pergunta, há que reafirmar que não pode aceitar-se que os activistas das Caraíbas (e de outras partes) venham bater às portas de França, do Reino Unido, de Portugal, de Espanha, da Dinamarca, da Holanda e de alguns estados americanos, sem irem bater igualmente às dos estados africanos como Angola, Nigéria e muitos outros que, no passado, permitiram ou incentivaram que se capturassem e escravizassem pessoas para as enviar para as costas de África e para os porões e cobertas dos navios dos homens brancos.

Author: João Pedro Marques


Published at: 2025-11-22 00:16:44

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