“Estamos num nível de cooperação já muito intenso, mas, do meu ponto de vista, [houve] aqui um ponto de viragem porque juntámos a toda a cooperação militar que temos vindo a dar desde 2022, toda a cooperação e apoio económico e financeiro no período de guerra, uma perspetiva de reforço do nosso relacionamento político e económico para os próximos anos, para além da guerra, evidentemente a pensar num processo de paz que traga um registo de paz justa, duradoura, mas que independentemente disso, até lá e depois de lá chegarmos, poderá configurar um relacionamento entre os nossos dois povos e países, com maiores trocas comerciais e também com um maior relacionamento”, explica o primeiro-ministro. Questionado sobre a possibilidade de paz em 2026, Luís Montenegro diz que a “vontade era que já hoje conseguíssemos ultrapassar as divergências e construir uma solução de paz”, mas relembra que é preciso “sentido a responsabilidade” porque quando “elevamos demasiadas expectativas temos também alguma dificuldade em poder explicar que os objetivos não são alcançados de forma tão fácil”. “O processo é de uma complexidade e de uma exigência enorme, que tem vários intervenientes que não podem estar fora da mesa, um deles é a Ucrânia e os seus legítimos representantes, outro é a Europa, outro é, porque é um parceiro importante, os EUA, e outro é a Rússia, é preciso também contar com a participação da Rússia num processo de paz que tenha viabilidade”, explica.
Author: Cátia Bruno
Published at: 2025-12-20 07:00:11
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