A pergunta que fica é brutal: é preferível ser feliz e inconsciente, sem liberdade e sem noção de que se está preso, ou escolher ser livre, escolher o próprio destino mas para isso ter de enfrentar a dor, o sofrimento e a morte? Marcelo conseguiu a proeza de ser, em simultâneo, o líder das selfies e o pior representante do país, arrastando a Casa da Presidência para uma familiaridade exibicionista, quase de sala de estar televisiva, esvaziando a magistratura da sua gravidade. A própria arquitetura da campanha para 2026 é reveladora: em vez de escolhermos o Presidente da República, somos de facto que não de jure, convidados a participar num referendo permanente a André Ventura.
Author: João A. B. Da Silva
Published at: 2025-12-14 00:10:55
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