Segundo a Fundação Gulbenkian, a Coligação para a Antártida e o Oceano do Sul (ASOC, na sigla original em inglês) — fundada em 1978 e que reúne cerca de 20 organizações ambientalistas de 10 países — “é um exemplo de como o trabalho colaborativo internacional, a defesa de causas com base em argumentos científicos e a promoção de uma gestão ambiental ética e sustentável são essenciais para garantir um futuro de sustentabilidade para a humanidade”. A Antártida concentra cerca de 90% de todo o gelo terrestre e cerca de 70% de toda a água doce, enquanto o chamado Oceano do Sul gera as correntes marinhas mais poderosas, que fazem circular as águas do oceano global, regulando a temperatura do planeta e distribuindo nutrientes que sustentam uma biodiversidade que forma a base de toda a cadeia alimentar marinha. Apesar de remotos e das condições extremas, o continente antártico e o Oceano do Sul são das regiões da Terra mais vulneráveis às alterações climáticas – com registo de anomalias de temperatura extremas, perda acelerada de gelo marinho e com partes da Antártida a registarem taxas de aquecimento mais de duas vezes superiores à média global – e com cada vez mais impactos derivados da atividade humana, como a poluição gerada pelo crescente tráfego marítimo associado à pesca e ao turismo.
Author: Agência Lusa
Published at: 2025-07-09 20:14:56
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