Neste contexto externo e interno, nas próximas eleições presidenciais não aconselho os portugueses a votarem em candidatos que não possuam os conhecimentos, a experiência política e as qualificações indispensáveis para exercer uma magistratura de influência ativa facilitadora de consensos entre o Governo, a oposição e as instituições da sociedade civil e que não sejam capazes de atuar como reserva de último recurso no caso de Portugal ser atingido por uma crise grave. Tenho acompanhado com respeito as posições assumidas pelos principais candidatos que se perfilam e concluí que, em minha opinião, alguns deles não possuem as competências e qualificações para o exercício das funções de um digno Presidente da República, como é o caso do Almirante Gouveia e Melo, o qual, aliás, indiretamente reconheceu não ser possuidor dos atributos essenciais por mim identificados no artigo “A escolha do próximo Presidente da República” que publiquei recentemente. Nestes tempos de incerteza e ameaças, é fundamental que o futuro Presidente da República conheça bem o funcionamento das instituições do nosso sistema político, construa pontes e facilite entendimentos entre os partidos políticos, as forças económicas e sociais, o Governo e a oposição e seja capaz de atuar como reserva de último recurso se o país for atingido por uma crise grave.
Author: Aníbal Cavaco Silva
Published at: 2025-11-07 07:00:34
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