PGR. O corte com o passado, a luta no MP e o caso Spinumviva

PGR. O corte com o passado, a luta no MP e o caso Spinumviva


Confrontado com desafios externos e internos — num cargo que já foi comparado ao da então rainha de Inglaterra Isabel II —, o líder da magistratura do MP veio com a missão de pôr “ordem na casa”, conforme antecipou em entrevista ao Observador a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, em junho de 2024, quando ainda se estava longe de conhecer o nome do sucessor de Lucília Gago. Logo depois de tomar posse, arrancou o julgamento do processo BES, considerado o maior da justiça portuguesa, viu ser finalmente proferida uma acusação no processo EDP/CMEC, ao fim de 12 anos desde a abertura do inquérito e testemunhou em julho a ansiada chegada a julgamento da Operação Marquês, após muitos avanços e recuos desde a acusação de 2017, que supervisionou de perto quando ainda liderava o DCIAP. As buscas ao escritório do chefe de gabinete do então primeiro-ministro, a descoberta de mais de 75 mil euros em dinheiro, as detenções de figuras muito próximas — como Vítor Escária ou Diogo Lacerda Machado — e a implicação do nome de António Costa nas suspeitas redundaram na queda de um Governo de maioria absoluta.

Author: João Paulo Godinho


Published at: 2025-10-12 16:39:45

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