“Os elementos probatórios coletados até o momento, como as mensagens falsas e ofensivas, a confirmação da manipulação do conteúdo, os insultos proferidos, a criação sistemática de novos perfis para burlar ordens judiciais e o conteúdo de incitação, constituem um robusto conjunto de indícios de autoria e materialidade para os crimes de difamação, injúria, desobediência e incitação ao crime”, escreveu a PF. Segundo a corporação, Allan dos Santos foi indiciado por difamação, ao “imputar a Juliana Dal Piva [jornalista] um fato ofensivo à sua reputação, divulgando mensagens falsas e manipuladas”; injúria, por “ofender a dignidade e o decoro da representante ao usar expressões injuriosas”; desobediência por “criar novos perfis para burlar decisões judiciais de bloqueio de contas”; e incitação ao crime, porque suas manifestações, “principalmente no contexto de ‘milícia digital’, têm o objetivo de incitar, publicamente, a prática de crimes por terceiros, a exemplo de ataques a instituições e a seus membros”. Santos é alvo de um inquérito instaurado por ordem de Moraes, em julho de 2024, a partir de uma representação criminal apresentada pela jornalista Juliana Dal Piva, depois que o blogueiro publicou prints de supostas conversas em que ela teria confessado um plano de Moraes de prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Published at: 2025-08-20 22:30:50
Still want to read the full version? Full article