Ainda conforme o Anuário, o número de suicídios de policiais militares (que participam intensamente de confrontos armados) é muito superior ao de policiais civis no Rio de Janeiro (12 e 1, respectivamente, em 2024). Pesquisas apontam que quando o número de mortes decorrentes de intervenção policial ultrapassa o patamar de 10% das mortes violentas intencionais, há de se considerar como um indício de uso abusivo das forças de segurança. Oxalá o governador do Estado vete a “gratificação faroeste” — ainda que por argumentos mais simplórios relacionados ao aspecto financeiro da medida — e que toda a visibilidade dada a tamanho disparate da Alerj sirva de oportunidade para um debate mais aprofundado no cenário fluminense, sobre a política de segurança pública que queremos e reivindicamos para o Rio de Janeiro: verdadeiramente inteligente, humana e eficaz.
Author: Maíra Fernandes
Published at: 2025-10-01 12:24:55
Still want to read the full version? Full article