É a imposição de quem se imagina dono de um continente que não compreende, senhor de um país que não é seu e árbitro de uma guerra que outros travam. É a própria dignidade de um país confrontado com a sua sobrevivência, que luta contra a fadiga interna, a corrosão logística, a pressão de aliados que pedem moderação e a obrigação de provar que ainda se pode defender. Recordemos, como, com amarga presciência, Jan Masaryk, embaixador checoslovaco em Londres, informado sobre o Acordo de Munique, afirmou que, se o seu país tivesse sido sacrificado para salvar a paz, seria o primeiro a aplaudir, mas que, caso não o tivesse sido, que Deus tivesse piedade das almas que tomaram a decisão.
Author: Manuel Serrano
Published at: 2025-11-26 22:00:00
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