Participação de Israel na Eurovisão sob protesto, mas menos do que há um ano

Participação de Israel na Eurovisão sob protesto, mas menos do que há um ano


Muitas são as vozes que, nas últimas semanas, se têm levantado em oposição à participação de Israel no concurso, num momento em que o país já deu provas de não vir a cessar tão cedo o fogo sobre Gaza, que ataca quase sem tréguas há ano e meio, além de impedir a entrada de alimentos e bens de primeira necessidade no enclave e empreender bombardeamentos massivos que todos os dias somam vítimas mortais as já escandalosas 53 mil. Em 2024, entre pressões para que se aplicassem a Israel as medidas em vigor sobre a Rússia desde 2022, banida da Eurovisão na sequência da invasão da Ucrânia - entre as quais uma carta aberta da Suécia com mais de mil signatários entregue à União Europeia e outra de 80 artistas dirigida à União Europeia de Radiodifusão (UER), organizadora da Eurovisão - a UER escusou-se argumentando com o carácter não político do evento. Este ano, o envio de cartas à UER repetiu-se, com 70 participantes de edições anteriores - como Salvador Sobral e Lena D'Água, António Calvário, Fernando Tordo e Rita Reis, no caso dos portugueses - a exigirem a exclusão da KAN, a emissora pública israelita, por considerá-la "cúmplice do genocídio de Israel contra os palestinianos em Gaza e do regime de décadas de apartheid e ocupação militar contra todo o povo palestiniano".

Author: Luciana Leiderfarb


Published at: 2025-05-17 09:13:22

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