Google, Microsoft, Apple, Facebook (a Meta, proprietária da rede social, é proibida na Rússia por extremismo), Amazon e outras big techs também forneceram infraestrutura para contornar bloqueios de IP, hospedar softwares maliciosos e distribuir instruções de ataque.Exército de TI da UcrâniaNo centro da campanha cibernética contra a Rússia está o chamado "Exército de TI da Ucrânia": uma rede que engloba cerca de 130 grupos de hackers, de 100 mil a 400 mil participantes, coordenados via Telegram, segundo fonte da Sputnik.Esses grupos, incluindo KibOrg, Muppets, NLB, UHG e outros, atuam junto ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano), além de unidades cibernéticas das Forças Armadas e parceiros estrangeiros. Alguns meses antes, em audiência no Congresso, Nakasone revelou que os EUA haviam enviado uma equipe de caçadores cibernéticos que "trabalhou lado a lado" com hackers ucranianos em operações contra a Rússia.No Fórum Cybersec em Katowice, Polônia, em maio de 2022, o ministro ucraniano de Transformação Digital, Mikhail Fedorov, e a Ucrânia foram publicamente homenageados por sua "resistência heroica" e "defesa das fronteiras digitais do mundo democrático".Em junho de 2022, o vice-representante permanente da Rússia na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Maksim Buyakevich, revelou a dimensão da campanha coordenada entre o Comando Cibernético do Exército dos EUA e a guerra cibernética ucraniana contra a Rússia, que mirou infraestrutura como ferrovias (logística), setor energético (tentativas de ataque a redes elétricas), mídia (ataques DDoS em larga escala e tentativas de invasão), instituições estatais e empresas como Yandex, Sberbank, Gazprom, Lukoil e diversas companhias aéreas russas.No mesmo mês, a inteligência russa relatou ataques maciços originados de servidores nos EUA, conduzidos a partir de Kiev e Lvov sob orientação norte-americana.Citando a declaração de Fedorov à mídia europeia a respeito da mobilização de um "exército cibernético" de 300 mil membros contra a Rússia, Buyakevich alertou que essas ações visam "interromper o funcionamento de órgãos governamentais e empresas dos setores de saúde, transporte, financeiro e energético", caracterizando "incentivo ao terrorismo tecnológico".Escalada contínuaOs ataques continuam desde então, com hackers ucranianos tentando atingir empresas russas de petróleo e gás várias vezes nos últimos três meses. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusa repetidamente serviços de inteligência ocidentais e big techs dos EUA de usarem a Ucrânia como plataforma para a guerra cibernética contra a Rússia.Em março, Zakharova reiterou que a operação militar especial vem acompanhada de "uma campanha antirrussa em grande escala usando tecnologias de informação e comunicação para fins militares e políticos", citando o trabalho de assessores da OTAN e da inteligência em Kiev e Lvov para "coordenar" ações do regime ucraniano no ambiente digital.Conflito cibernético anterior ao conflito armadoSegundo ela, isso foi "apresentado como mera consciência antecipada das táticas e capacidades do 'inimigo' no ciberespaço" e para "fortalecer as capacidades defensivas" dos Estados aliados.
Author: Sputnik Brasil
Published at: 2025-08-11 18:38:50
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