"Os ditadores normalmente não têm um final feliz"

"Os ditadores normalmente não têm um final feliz"


Falando à Lusa na Representação Permanente da Ucrânia junto da Gabinete da ONU em Genebra, e tendo na parede atrás de si uma fotografia emoldurada de um civil a caminhar diante de um edifício residencial em escombros, Tsymbaliuk, que ocupa o cargo desde dezembro passado após uma longa carreira diplomática durante a qual lidou de perto com questões de direitos humanos, diz que a Rússia viola de forma sistemática todos os direitos humanos e o direito internacional, “até as próprias ‘regras’ da guerra”. Neste contexto, o embaixador ucraniano expressou a sua gratidão “a todos os organismos da ONU que estão ativamente a monitorizar a situação”, particularmente a Missão de Observação dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia — “sempre dos primeiros a chegar para testemunhar com os próprios olhos, registar e reportar o que acontece no terreno” -, mas também o Alto Comissariado das Nações Unidas para a Ucrânia e a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Ucrânia. Tsymbaliuk admitiu “desapontamento” do lado ucraniano “por a liderança [russa] não estar presente, pois em regimes totalitários apenas o ditador toma decisões, e com a equipa que foi enviada, que simplesmente seguia instruções, não foi possível alcançar praticamente nada em termos de acordar um cessar-fogo ou paz sustentável”, ainda que se tenha congratulado com o acordo para a maior troca de prisioneiros – 1.000 de cada lado – até ao momento, “que foi implementado”.

Author: Agência Lusa


Published at: 2025-05-31 09:33:07

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