É impressionante ver como muitos dos tradicionais e dedicados activistas anti igreja, muitos dos habituais e sistémicos inimigos da fé católica têm agora espectaculares e repentinas Conversões, qual São Paulo a caminho de Damasco, atingidos por súbitos e inesperados raios de luz… aparecendo nestas alturas a abraçar e a bajular o Papa, surfando a onda de alegadas e espectaculares reformas e mudanças na Igreja. Com João Paulo II e Bento XVI, ambos alvos a abater, a estratégia do “Pensamento único”, global, uniformizador… foi o de abertamente os considerar como inimigos do progresso e da modernidade; já com o Papa Francisco alterou-se o “modus operandis”, manipulando-se, frequentemente de forma grosseira, selectiva, parcial, a sua figura, os seus gestos e mensagens para, com descaramento, se poder dizer: “este Papa é cá dos nossos.” Claro que existem pontos, defendidos pela igreja, e portanto pelo Papa Francisco, compartilhados (e ainda bem) por ateus, agnósticos, não católicos (ou mesmo anti-católicos), como seja a condenação da guerra na Ucrânia, a defesa dos migrantes e da sua dignidade, a luta contra a pobreza e contra o mau uso dos recursos naturais, e outros. Reduz a sucessão do papa a um mero jogo de tramas e conspirações e a vida da igreja a um enredo imaginativo de meras estratégias humanas, materialistas, mundanas, que conduzem, frequentemente, a um elevadíssimo estado de êxtase (normalmente acompanhado pela perda de consciência) jornalistas, comentadores, analistas, especialistas (e outros malabaristas) e a todos aqueles que, com as suas cegueiras e teimosias (de várias cores e sabores), com mentes totalmente formatadas e manipuladas pelas ideologias dominantes, os têm como bitola.
Author: Pedro Saraiva Ferreira
Published at: 2025-05-02 23:11:03
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