Cada gole traz uma chave para o universo de suas obras: o café furioso de Balzac explica sua hiperatividade narrativa; o chá de Virginia Woolf tem o mesmo pulso contido e meditativo de seus monólogos interiores; o absinto de Wilde traduz seu gosto pela beleza decadente e pelo excesso refinado. Seu coquetel favorito, o Gin Rickey — gin, soda e limão, sem açúcar — era a bebida perfeita para um autor que oscilava entre o glamour e o colapso. Em “O Retrato de Dorian Gray”, a beleza e a decadência se confundem — como o gosto amargo do absinto.
Author: Amanda Silva
Published at: 2025-04-23 18:59:35
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