 
                    Enquanto o cheiro de pólvora e sangue ainda paira sobre o Complexo do Alemão, a contagem de corpos transformava a mais recente “megaoperação” policial do Rio de Janeiro na maior chacina em uma favela na história do Brasil. Os atuais auto-intitulados representantes de Cristo se assemelham àquele que perdoou seus algozes, que acolheu e regenerou o criminoso ao seu lado ou carregam as digitais de um Cristo Imperador, forjado à imagem de Nero ou de novos césares como Cláudio Castro? A resposta está escrita com o sangue derramado nas vielas do Alemão, na frieza com que se propõe “matar os outros 120”, na cruz de ouro que orna o pescoço de quem celebra a morte, mas que na verdade, já está morto por dentro.
Author: Amanda Massuela
Published at: 2025-10-30 17:40:39
Still want to read the full version? Full article