O duelo entre não conseguir mais e não querer mais

O duelo entre não conseguir mais e não querer mais


Milhares e milhares de pessoas vestidas de vermelho (hoje os equipamentos alternativos era algo raro de encontrar entre o mar que começava num qualquer arredor para desaguar nas imediações do recinto), a contar o tempo para o início do jogo entre muitas cervejas, a ter uma das receções mais impressionantes de sempre ao autocarro da equipa já com fogo de artificio à mistura como quem quer adivinhar aquilo que nas melhor das hipóteses estava a 90 minutos, a aproveitar o sol de um jogo com luz natural como havia nos velhos e bons tempos. Milhares e milhares de pessoas vestidas de verde e branco (aqui com maior variedade de equipamentos a compor a indumentária), à espera do momento em que o cortejo partisse rumo à Luz numa peregrinação que é por si um happening, como os próprios pais do capitão Morten Hjulmand testemunharam, fosse para viver um dos pontos altos do dia, fosse para perceber como se iriam organizar as coisas para quem tinha vontade mas não bilhete para o encontro no terreno rival. Para se ter noção do que se vivia, as equipas entraram para os habituais cumprimentos com uma nuvem de fumo por todo o estádio por todas as tochas vermelhas acesas em várias bancadas e os stewards tentavam controlar os adeptos que só queriam continuar a cantar de pé a puxar pela sua equipa mesmo depois do início do jogo, com o Sporting a poder escolher bola ou campo e a inverter a ordem natural do Benfica nos jogos em casa.

Author: Bruno Roseiro


Published at: 2025-05-10 19:20:19

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