A primeira ocasião em que Gouveia e Melo combateu foi – soem as trompetas – “no combate da nossa geração” (estou a citá-lo): a coordenação da “task force” de vacinação para a Covid, oito meses de luta intensa, em que enfermeiros administravam injecções a pessoas desejosas de levar com elas, e o almirante, então vice, vigiava as hostilidades à distância e camuflado. Trata-se de um tiro na água, embora se aceite que Gouveia e Melo apenas poderá vir a ser presidente por causa do prof. Marcelo: antes do festival de variedades a que o incumbente reduziu a função, afinal subtraindo-lhe qualquer réstia de prestígio, não seria provável imaginar que um desconhecido sem particulares méritos públicos, currículo ou, desculpem, “carisma” chegasse a PR. E isso vale para Gouveia e Melo e vale para a respectiva concorrência, um punhado de minudências cujo apetite só cresceu graças ao precedente nivelador do prof. Marcelo – e cuja pequenez simbólica ajuda a destacar o D. João II a que temos direito, que fisicamente é alto.
Author: Alberto Gonçalves
Published at: 2025-03-29 00:20:55
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