A 12 de janeiro de 1972, surgia numa das páginas do jornal New York Times um obituário digno de uma personagem de cinema: “Nubar Gulbenkian, o extravagante financeiro que foi um dos homens mais ricos do mundo, morreu na noite de segunda-feira no Hospital Inglês de Cannes, na Riviera Francesa, vítima de um ataque cardíaco. Na capital francesa do perfume, já debilitado, Nubar era conhecido como uma figura excêntrica, de hábitos e gestos marcantes, capaz de fazer inveja ao emergente jet set – termo que, na década seguinte, viria a designar as vidas de socialites que ocupavam as colunas sociais de jornais e revistas de todo o mundo. Em retrospetiva – meio século depois – é difícil analisar a popularidade ou até mesmo a importância desta personalidade que, até hoje, é sobretudo reconhecida como filho primogénito de Calouste Gulbenkian, o magnata do petróleo que se exilou em Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial e onde viria a morrer, deixando como vontade póstuma a criação de uma fundação em seu nome que albergasse a sua já extensa coleção de arte.
Author: Ricardo Ramos Gonçalves
Published at: 2025-06-28 14:18:53
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