Nova onda de terror no Irão: prisões cheias, execuções rápidas e acusações de espionagem em conluio com Israel

Nova onda de terror no Irão: prisões cheias, execuções rápidas e acusações de espionagem em conluio com Israel


Nos últimos dias da guerra de oito anos entre o Irão e o Iraque, entre julho e setembro de 1988, milhares de prisioneiros — na sua maioria, membros da oposição, especialmente da PMOI/MEK (Organização dos Mujahedines do Povo do Irão), bem como comunistas, curdos e outros dissidentes — foram submetidos a julgamentos sumários em comissões rápidas e executados em massa dentro das prisões iranianas. Sob a liderança do aiatola Ruhollah Khomeini, o regime iraniano usou o pretexto da Operação Mersad — uma incursão militar do MEK apoiada pelo Iraque de Saddam Hussein, durante o fim da guerra — para justificar a repressão. “Foi, claramente, o momento mais negro da História pós-revolucionária do Irão”, lembra Amir Ahmadi Arian, escritor, jornalista e tradutor iraniano, que nasceu em Ahvaz, cidade na província iraniana do Cuzistão, no ano da Revolução Islâmica, 1979, quando foi derrubada a monarquia do xá Reza Pahlavi, estabelecendo-se uma república islâmica sob a liderança de Khomeini.

Author: Catarina Maldonado Vasconcelos


Published at: 2025-07-01 17:00:00

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