Franco, como militar profissional, esperou e só se decidiu quando um grupo de Guardas de Assalto e milicianos socialistas foi, à noite, a casa do deputado Calvo Sotelo, líder da direita conservadora e, sob o pretexto de o conduzir à Direcção Geral de Segurança, o levou “de paseo” e o matou, em plena Madrid. Depois de um período de isolamento e sanções, a partir dos anos 1950, os Estados Unidos de Eisenhower e Foster Dulles abriram à Espanha, com os “Pactos de Madrid” de 1953; em 1957-1958, deram-se as entradas do país no FMI, no Banco Mundial e no BIRD; e, em 1959 veio “El Plan de Estabilización”, que marcou a saída da autarquia e a entrada num tempo de liberalização, industrialização e abertura da economia. Ao contrário de Salazar – que, como bom pessimista antropológico agostiniano, achava que os seus deveres políticos terminavam com a sua vida –, Franco pensou a sucessão e, apesar da oposição de falangistas como José António Girón de Velasco, seguiu a opinião de Lopez-Rodó e do general Camilo Alonso Vega e preparou e impôs, como rei, o neto de Afonso XIII, Juan Carlos de Borbón, numa monarquia restaurada.
Author: Jaime Nogueira Pinto
Published at: 2025-11-22 00:18:23
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