Nem Shakespeare, nem Verne: o autor mais traduzido do mundo é uma mulher

Nem Shakespeare, nem Verne: o autor mais traduzido do mundo é uma mulher


A ubiquidade silenciosa dessas edições, muitas vezes informais ou relidas até o desmanche, é testemunho de algo que a crítica acadêmica hesitou em reconhecer por muito tempo: que Agatha Christie não apenas escreveu ficção de mistério com primor artesanal, mas construiu um fenômeno linguístico global, uma literatura tão traduzida quanto o medo, tão universal quanto a suspeita. Passam de mão em mão, de país em país, de idioma em idioma, como se o crime contido em suas páginas fosse um idioma por si só. O livro mais vendido de Agatha Christie carrega, em sua origem, o peso de uma linguagem colonial, e sua permanência exige que o leitor de hoje leia com olhos críticos.

Author: Revista Bula


Published at: 2025-07-28 21:36:19

Still want to read the full version? Full article