Menos de um mês depois, a 24 de Julho de 1975, a banca e os seguros são nacionalizados, assim como os prédios de rendimento. O primeiro é entregue à Assembleia Popular composta por 210 representantes eleitos pela Frelimo; o segundo é exercido pelo presidente da Frelimo que é simultaneamente chefe do Estado e comandante das Forças Armadas, governando por decreto; o terceiro é entregue a tribunais populares, tendo o governo proibido toda a prática do Direito privado que só volta a ser restabelecida em 1986. Numa sentença sumária, à boa maneira leninista, o grupo de prisioneiros, entre os quais contam-se Joana Simeão, Uria Simango – havia sido vice-presidente da Frelimo no tempo de Eduardo Mondlane –, Lázaro N’Kavandame, Mateus Gwengere, Razão Nília, sob o ardil de serem libertados rumo ao estrangeiro, é executado a alguns quilómetros do campo e inumado numa vala comum.
Author: João Vaz de Almada
Published at: 2025-06-22 15:13:30
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