Militares e PS, sem a direção. Os apoios de Seguro

Militares e PS, sem a direção. Os apoios de Seguro


E fez questão de frisar, enquanto falava da forma como desempenhará, se chegar ao Palácio de Belém, o papel de Comandante Supremo de Forças Armadas, que contava com patentes dos três ramos (Marinha, Exército e Força Aérea) na plateia, para lembrar que não será só o oponente Gouveia e Melo a contar com militares nas fileiras de apoiantes. Num discurso longo — se Gouveia e Melo tinha discursado durante 16 minutos na sua apresentação, Seguro tinha 16 páginas de discurso para ler, também a partir de um teleponto colocado perto do púlpito onde se lia “Seguro Portugal” — o candidato socialista que a maioria da direção do PS não quer deixou mensagens sobre a sua postura “ética” na política, a necessidade de promover consensos interpartidários e os problemas que é preciso resolver para combater os populismos e a frustração de muitos portugueses que se sentem “excluídos”. Os apoiantes começaram por ouvir versos de Miguel Torga — num momento teatral, um ator subiu ao palco para fazer de Rafael Bordalo Pinheiro, que tal como Seguro escolheu as Caldas para viver; depois, elementos do público, incluindo a filha do candidato, Maria Seguro, leram o poema “Sísifo”: Recomeça…/ Se puderes/ Sem angústia/ E sem pressa./ E os passos que deres,/ Nesse caminho duro/ Do futuro/ Dá-os em liberdade./ Enquanto não alcances/ Não descanses./ De nenhum fruto queiras só metade”.

Author: João Porfírio


Published at: 2025-06-15 21:42:27

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