Num discurso para a multidão reunida na praça, Lucija Markovic, estudante, afirmou que o fascismo se vê “em cada ataque a um estafeta, simplesmente por este ter uma cor de pele diferente”, “nos indivíduos mascarados de preto que ameaçam as minorias nacionais”, e “quando os funcionários do Estado participam na criação e disseminação do revisionismo histórico”. A iniciativa Unidos Contra o Fascismo foi lançada este ano em reação a vários incidentes, como o cancelamento, no início deste mês, na cidade de Split, de uma série de eventos culturais organizados pela minoria sérvia, após intimidação por um grupo de figuras encapuzadas vestidas de preto e o aparecimento de ‘graffiti’ com mensagens de ódio contra sérvios e símbolos do Ustase, o regime croata que colaborou com a Alemanha de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. A maioria parlamentar conservadora e de direita permitiu a realização, em outubro, de um simpósio sobre o revisionismo histórico a propósito do campo de extermínio croata de Jasenovac, criado pelo movimento fascista Ustase, partido nacionalista da extrema-direita que assumiu o poder em 1941, responsável pela morte de milhares de sérvios, judeus e ciganos.
Author: Agência Lusa
Published at: 2025-11-30 17:34:37
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