Marco Mondaini e Capitão Quitaúna: A serpente do golpismo nos quartéis – parte 3

Marco Mondaini e Capitão Quitaúna: A serpente do golpismo nos quartéis – parte 3


A convivência com as mulheres, longe de iniciar um processo de mudança de mentalidade, era (e ainda é) vista como uma “bagunça”, uma forma de “igualar-se a elas”, o que, na mentalidade do militar, é um erro, pois, na hierarquia, “ninguém está acima deles, a não ser Deus, a pátria, a família e a propriedade”. Entretanto, a fim de se mostrar o quanto tal ideia de um novo exército se encontra distante da realidade, o presente artigo se encerra com uma imagem postada pelo 1º tenente Piratini no dia 13 de setembro de 2025, exatos dois dias após a condenação e atribuição das penas de mais de vinte anos de prisão em regime fechado à maioria dos réus julgados pela Primeira Turma do STF, pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. Não se trata mais apenas da gravíssima permanência da ideia de que a função do Exército Brasileiro e das demais Forças Armadas é “combater os inimigos internos da Nação”, travando uma guerra contra a “ameaça comunista”, nos moldes do que previa a Doutrina de Segurança Nacional, formulada nos Estados Unidos da América nos anos 1940, consolidada no curso da Guerra Fria e devidamente incorporada e potencializada pela Escola Superior de Guerra, durante a Ditadura Militar de 1964-1985.

Author: Lucia Editora


Published at: 2025-09-28 21:51:53

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