“Mãe Coragem”: um épico para tempos de guerra nas ruínas do Carmo

“Mãe Coragem”: um épico para tempos de guerra nas ruínas do Carmo


É esta a grande ideia que perpassa Mãe Coragem, o grande épico do teatro do século XX, uma obra à qual o tempo deu o estatuto de clássico, e mundo em 2024 deu o estatuto de “urgente”. Depois de quatro sessões esgotadas, duas no CCB e duas no Festival de Teatro de Almada, Mãe Coragem e os Seus Filhos, no título original, está a partir desta quarta-feira nas ruínas do Convento do Carmo em Lisboa, onde ficará até 17 de agosto. Esta é apenas a terceira vez que a peça é apresentada em Portugal e o encenador António Pires quis acentuar o caráter “intemporal” do texto, com uma dramaturgia depurada, retirou muitos elementos típicos do teatro brechtiano e optou por um cenário que evoca as obras de Aldo Rossi, o “arquiteto da melancolia” — trocando também as canções de Paul Dassau por poemas de José Saramago, ditos pelos 20 elementos do coro participativo.

Author: Joana Emídio Marques


Published at: 2024-07-24 18:44:20

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