Já o vice-diretor do Instituto Nacional de Energia da Rússia, Aleksandr Frolov, afirmou que Kiev paga pelo gás europeu mais que o dobro do que pagava pelo russo (se considerada a desvalorização da moeda ucraniana, o gasto é dez vezes maior).Em entrevista à Sputnik Brasil, James Onnig, analista internacional e professor de geopolítica do Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais das Faculdades de Campinas (Facamp), explicou que o frio não pode ser usado como pretexto para justificar uma iminente vitória russa na operação militar especial na Ucrânia.Segundo Onnig, esse argumento não é novo e foi utilizado na Segunda Guerra Mundial para deslegitimar a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista.Assim como o frio não pode ser usado como desculpa para o fracasso militar, ele não pode virar justificativa para problemas de aquecimento. A Ucrânia vive um dos maiores escândalos de corrupção de sua história, com o surgimento de investigações na indústria de energia do país envolvendo nomes próximos a Zelensky, como o empresário Timur Mindich — conhecido como a "carteira de Zelensky".De acordo com o relatório do Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano), Mindich teria se aproveitado do estado de guerra e da proximidade com Zelensky e outros altos funcionários para enriquecimento ilícito por meio da organização de crimes em diferentes áreas da economia.Sacos de dinheiro foram encontrados durante a execução de mandados de busca e apreensão, cheios de moeda estrangeira. Segundo a mídia internacional, o dinheiro é fruto de esquemas de desvio de fundos no setor energético na Ucrânia, que foram legalizados através do escritório da liderança ucraniana em Kiev.Ademais, para o especialista, é curioso que os aliados da Ucrânia, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não estejam enviando itens como combustível para abastecer os estoques do país.
Author: Lucas Ferreira
Published at: 2025-11-25 17:00:00
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