Incertezas com tarifas de Trump fazem fabricantes chineses buscarem o sudeste asiático

A fabricante de utensílios de cozinha e acessórios para churrasco, que tem a Walmart e outros grupos varejistas dos EUA como clientes, disse que as remessas de suas fábricas na China caíram a praticamente zero depois que as tarifas dos EUA saltaram para 145% em 9 de abril. Um fabricante de móveis para áreas externas da província de Guangdong disse que desde que Trump anunciou as tarifas em 2 de abril, ele tem enviado componentes de sua fábrica chinesa para uma base de produção na Indonésia para montagem, antes de embarcar os móveis acabados em contêineres para os EUA. O déficit comercial da Asean com a China passou de menos de US$ 50 bilhões em 2012 para US$ 190 bilhões em 2024, enquanto o superávit comercial da região com o resto do mundo subiu para US$ 239 bilhões, sugerindo que muitas importações da China “são usadas para processamento e montagem posteriores”, segundo Gene Ma, chefe de estudos sobre a China do Institute of International Finance (IIF).