Num artigo longo e documentado que publicou na Jewish Currents (27 de janeiro de 2020), o jornalista explicou como, no início da administração de Barack Obama, quando a Casa Branca tentou pressionar Netanyahu para preservar a perspetiva de um Estado palestiniano, Biden se mobilizou, mais do que qualquer outro responsável americano, para defender o primeiro-ministro israelita. Um ano depois do ataque de 7 de outubro de 2023, quando a natureza genocidária da ofensiva contra Gaza se estava a afirmar — como sublinhavam já eminentes organizações de defesa dos direitos humanos —, o presidente em exercício gaba-se: «Nenhuma administração ajudou Israel mais do que eu. Combinada com o complexo de culpa dos países da Europa ocidental que perpetraram ou permitiam o genocídio nazi dos judeus — Alemanha, Áustria, França e Itália, em particular —, o ataque suscitou um grau inédito de solidariedade incondicional com Israel, no exato momento em que o país é (…)
Author: Gilbert Achcar
Published at: 2025-06-04 12:00:25
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