Galípolo vê cenário imprevisível com guerra tarifária de Trump

“Ou seja, a política monetária do país que detém a moeda internacional também tende a afetar o valor da nossa moeda, a dinâmica da nossa economia e a partir daí cabe muitas vezes ao banco central ter de responder aumentando, por exemplo, o prêmio, função de um momento de aversão a risco”, disse. Para dar um exemplo hipotético, se eu tenho uma aversão a risco aumentando e você entende que o papel do país emergente é um papel que apresenta maior risco muitas vezes você vê autoridades monetárias de países emergentes, mesmo em momento de desaceleração econômica, tendo de manter as taxas de juros mais elevadas para oferecer um prêmio maior para quem decidir investir no país e aí conter um processo de desvalorização na sua própria moeda”. Galípolo afirmou, durante a audiência na CAE do Senado, que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), estava conseguindo entregar uma “aterrisagem suave” para a economia dos Estados Unidos após as crises da pandemia de covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas que o “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um novo desafio para Powell.