FMI eleva previsão de crescimento global, apesar das tarifas de Trump

A antecipação das importações por parte das empresas nos primeiros meses do ano, para formar estoques antes da entrada em vigor das tarifas americanas em abril, e os acordos comerciais negociados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no período, que acabaram reduzindo as alíquotas inicialmente propostas, contribuíram para a melhora nas previsões, segundo o FMI. Outros fatores importantes foram a depreciação do dólar, que perdeu cerca de 8% de seu valor em relação a outras moedas desde janeiro, contribuindo para a melhora das condições financeiras globais, e a expansão dos gastos fiscais em algumas das principais economias, casos da China e dos EUA, após a aprovação da lei orçamentária “grande e bela” de Trump. Com o forte movimento de antecipação de compras no primeiro trimestre, o FMI também revisou para cima as previsões para o comércio global neste ano, que deve crescer 2,6% — alta de 0,9 ponto percentual ante a estimativa anterior.