Fahrenheit 451: Bradbury, Cioran e a última fagulha na Avenida Paulista

Fahrenheit 451: Bradbury, Cioran e a última fagulha na Avenida Paulista


Sua lenta tomada de consciência é a metáfora central do romance: libertar-se da ignorância não é um gesto heróico, é um processo doloroso, como sair de uma anestesia profunda. Ele via com assombro o que hoje nos acostumamos a chamar de normal: a substituição da leitura demorada por conteúdos digeríveis, a conversão da experiência humana em estatística de engajamento. Sua indiferença, mais do que a raiva do sistema, é o verdadeiro horror de Bradbury: a vida em piloto automático, a alegria falsa, o riso programado.

Author: Carlos Augusto Silva


Published at: 2025-05-18 16:45:21

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