E, neste vácuo de clareza e coragem política, cresce dentro da União Europeia (UE) a fragilidade democrática a que Custine chamou o poder invisível do medo nacional — um poder que não se apaga com tratados, antes se alimenta da nossa distração. A sua pressa em rearmar-se não é apenas reflexo da paranoia histórica com Moscovo: é a perceção de que, sem a Ucrânia dentro da União, a Europa ficará à mercê de movimentos estratégicos que não controla. Ou a Europa assume que a guerra é a sua condição presente, ou descobrirá, tarde demais, que já não tem paz a defender.
Author: Miguel Baumgartner
Published at: 2025-08-24 12:20:29
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