Em meio à batalha entre China e Estados Unidos, Brasil se inclina de vez a Pequim

Em meio à batalha entre China e Estados Unidos, Brasil se inclina de vez a Pequim


Foi o terceiro encontro entre Lula e seu par chinês desde o início do terceiro mandato e, em pouco mais de meio século de relações diplomáticas, nunca houve momento tão promissor como o atual, segundo os especialistas, dada a confluência de interesses — “uma era de ouro”, como tratam de classificar altos quadros do Partido Comunista chinês. “Diante da onda crescente do unilateralismo e do protecionismo, a China está pronta para juntar as mãos com seus parceiros da América Latina e do Caribe”, discursou Xi ao lado de Lula, com quem havia dias antes prestigiado as celebrações de oitenta anos da vitória soviética sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, evento encabeçado em Moscou por Vladimir Putin — a quem ambos, aliás, acabaram por ajudar no propósito de mostrar ao mundo que não está tão isolado assim. Para o Brasil, a aproximação com o dragão que afia suas garras contra os inimigos e afaga quem vê como aliado pode ser um trunfo para dar gás ao crescimento, e quem sabe melhorar a popularidade de Lula, de modo a ajudá-lo a pavimentar a trilha rumo a 2026.

Author: Ricardo Ferraz


Published at: 2025-05-17 11:00:05

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