Em 6 meses, Trump mudou as prioridades dos EUA e mundo terá de se adaptar

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Do mesmo modo, a segurança no Oriente Médio será cada vez mais delegada a um grupo de países locais, com Israel ao centro, que terão de contar cada vez menos com a participação dos EUA, que poderá atuar apenas em situações excepcionais, como no ataque às instalações nucleares iranianas, para o qual nenhum outro país tinha a capacidade. Por fim, o mercantilismo explícito da política econômica do governo americano parece indicar a tentativa do governo Trump de sugar recursos financeiros do resto do mundo, inclusive de aliados, num momento em que os EUA mantêm elevados déficits comercial e fiscal, que fragilizam a capacidade americana de enfrentar a China. É possível ler no tarifaço anunciado por Trump contra o Brasil um recado para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que a sua margem de manobra global está se reduzindo e de que Washington pode novamente forçar a mão para instalar no país um governo mais pró-americano, na linha de Jair Bolsonaro.


Published at: 2025-07-20 11:00:16

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