Economia resiliente da China esconde cortes salariais e trabalhos paralelos

Frank Huang, professor de 28 anos na cidade de Chongzuo, com mais de 2 milhões de habitantes na região endividada de Guangxi, perto da fronteira com o Vietnã, diz que sua escola não o paga há dois a três meses, esperando que as autoridades liberem os fundos. Os atrasos nos setores de computadores, comunicação e equipamentos eletrônicos, e na fabricação de automóveis — duas prioridades dos planejadores econômicos da China — aumentaram 16,6% e 11,2%, respectivamente, no ano até maio, mais rápido que a média de 9% nas indústrias em geral. Com a renda sob pressão, Pequim enfrenta dificuldades para cumprir sua promessa de aumentar o consumo das famílias e cresce a preocupação de que a deflação persistente prejudique ainda mais a economia, já que os consumidores adiariam seus gastos.