«A deterioração das perspetivas externas e o abrandamento do consumo privado, para além do resultado muito fraco do primeiro trimestre, reforçam a nossa expectativa de um crescimento abaixo de 2% em 2025», diz a entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa e entende que a redução das taxas de juro deverá ter um impacto limitado sobre o investimento, que está afetado pelas «débeis expectativas» de aumento da procura e pela elevada incerteza. Ao Nascer do SOL, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) admite que «as novas projeções económicas da OCDE refletem o contexto mundial particularmente adverso, que resulta da agenda protecionista implementada pela nova administração dos EUA e as suas potenciais implicações para a economia portuguesa» e reconhece que «as empresas nacionais enfrentam um momento desafiante, marcado pelo abrandamento do mercado externo – consequência do baixo crescimento económico dos principais parceiros comerciais, da instabilidade geopolítica e do aumento das barreiras tarifárias ao comércio internacional, que se juntam às inúmeras barreiras não tarifárias já existentes e que impactam, também de forma muito negativa, no relacionamento de Portugal com o exterior». Já Luís Miguel Ribeiro, aplaude a agregação, por parte do novo Governo, dos Ministérios da Economia e Coesão territorial por considerar que é um sinal positivo para a concretização e agilização das medidas que a associação propõe – financiamento do investimento empresarial privado e capitalização das empresas, assegurar a disponibilidade de mão-de-obra, redução da carga fiscal sobre as empresas e as famílias (IRC, tributações autónomas, IRS, entre outros), reforçar o apoio à família, com vista a sustentar o crescimento da população residente e implementar as reformas estruturais que tanto o país necessita – por considerar que coloca a economia no centro das políticas públicas e do desenvolvimento do país.
Author: Sónia Peres Pinto
Published at: 2025-06-09 20:51:12
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